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Opinião | A viúva negra, de Daniel Silva #lerosnossos

por -Cristina Gaspar-, em 24.05.17

Olá!

 

Hoje vou-vos falar da minha experiência a ler Daniel Silva.

 

Apesar de já ter dois livros do autor na estante, O Assassino Inglês e o Morte em Viena, ainda não me tinha puxado para começar a ler. Há uns anos comecei a ler O Assassino Inglês, mas pareceu-me lento a desenrolar a acção, um pouco chato até e deixei-o e esqueci-o na estante... Entretanto, vi que a HarperCollins ibérica iria lançar o novo título A Viúva Negra, a 8 de Março e fiquei imediatemente curiosa com a história. Como tinha recentemente lido o Célula Adormecida, de Nuno Nepomuceno (aqui fica a minha opinião, se quiserem dar uma olhadela), fiquei curiosa com este livro, visto que a premissa do livro era bastante parecida! A capa também agarrou a minha atenção imediatamente e resolvi, então, dar outra oportunidade ao autor.

 

Daniel Silva começou a escrever e publicar livros em 1997 e foi com o Assassino Inglês que ficou famoso. A personagem do Gabriel Allon foi introduzida nesse livro e as suas aventuras começaram e não mais pararam. Até à data, as aventuras do nosso espião e restaurador de arte acompanham-nos por 16 volumes! E o volume 17 já tem data prevista de saída a 11 de Julho, também editado pela Harper! 

 

Sinopse:

O lendário espião e restaurador de arte Gabriel Allon está prestes a tornar-se chefe dos serviços secretos israelitas.
Porém, em vésperas da promoção, os acontecimentos parecem confabular para o atrair para uma última operação no terreno.
O ISIS fez explodir uma enorme bomba no distrito do Marais, em Paris, e um governo francês desesperado quer que Gabriel elimine o homem responsável antes que este ataque novamente.

Chamam-lhe Saladino...
É um cérebro terrorista cuja ambição é tão grandiosa quanto o seu nome de guerra, um homem tão esquivo que nem a sua nacionalidade é conhecida. Escudada por um sofisticado software de encriptação, a sua rede comunica em total segredo, mantendo o Ocidente às escuras quanto aos seus planos e não deixando outra opção a Gabriel senão infiltrar uma agente no mais perigoso grupo terrorista que o mundo algum dia conheceu. Trata-se de uma extraordinária jovem médica, tão corajosa quanto bonita.

Às ordens de Gabriel, far-se-á passar por uma recruta do ISIS à espera do momento de agir, uma bomba-relógio, uma viúva negra sedenta de sangue.
Uma arriscada missão levá-la-á dos agitados subúrbios de Paris à ilha de Santorini e ao brutal mundo do novo califado do Estado Islâmico e, eventualmente, até Washington, onde o implacável Saladino planeia uma noite apocalíptica de terror que alterará o curso da história.
A Viúva Negra é um thriller fascinante de uma chocante presciência. Mas é também uma viagem ponderada até ao novo coração das trevas que perseguirá os leitores muito depois de terem virado a última página.
Uma teia de enganos.

 

 

Opinião: A Viúva Negra é o 16º livro da saga do nosso herói, o Gabriel Allon, introduzido como o lendário espião e restaurador de arte.

 

A história inicia-se com um ataque terrorista, efectuado pelo ISIS e Gabriel Allon é retirado do seu "anonimato e reclusão" e chamado para apanhar os terroristas antes que haja outro ataque. Num clima de thriller, onde é necessário correr contra o tempo e pensar, qual campeão de xadrez, em duas ou três jogadas à frente, a história vai-se desenrolando num ritmo vertiginante e a nossa viúva negra aparece então na história. Ela é uma jovem médica, residente em Paris e que é recrutada para se infiltrar numa das mais perigosas organizações terroristas do mundo. Para tal, é descrito todo o seu processo de treino, físico e psicológico, com uma lavagem cerebral, para que, com sucesso, esta se infiltre na célula terrorista e leve a sua missão com sucesso até ao fim. Ao longo desse treino, ela vai viajar e contactar com diversas pessoas e vai deparar-se com determinadas situações, em que ela vai descobrir certas características da sua personalidade que desconhecia até à altura. Ao infiltrar-se na rede de terroristas, viaja até ao Estado Islâmico e depara-se com o cérebro terrorista e o thriller adensa-se.

 

A história tem um desfecho que deixa a vontade de ler mais! O nosso Gabriel assume uma posição esperada e a nossa viúva negra vê-se perante uma situação em que a sua decisão vai mudar a sua vida radicalmente! E veremos isso nos próximos volumes!

 

**

 

A história evolue de forma fluída, num compasso constante, sem períodos lentos ou demasiado rápidos. E é aqui que se nota a experiência do autor, porque apesar de este já ser o 16º volume do nosso espião, não senti que precisasse de ler os volumes anteriores. Ao longo do livro foram referenciados alguns acontecimentos anteriores, que foram explicados de forma sucinta e que nos enquadraram imediatamente na história. Sinto que conheço o Gabriel, mesmo sem saber a história dele. É um herói que não é perfeito, tem os seus fantasmas, mas é sério e honesto e luta pela justiça e um mundo melhor. E apesar de haver um número considerável de personagens envolvidas nos seus livros, algumas das quais são referenciadas, leva-me a dar os parabéns ao autor, por não se perder ao longo destes 16 volumes.

 

Inevitavelmente, senti necessidade de o comparar ao livro A célula adormecida e, por isso teve a classificação de 4 estrelas e não mais. A célula adormecida é um thriller muito rápido, com uma história igualmente actual, mas com "heróis" pouco convencionais e situações que nos levam a reflectir, mais do que simplesmente a observar. A viúva negra não deixa de ser um thriller interessante, muito bem construído, obra de ficção e também baseado em situações reais, mas não tão arrebatador. É um livro que se lê a um ritmo contante, quase que podemos planear o dia em que o vamos acabar de ler. Não obstante, é uma leitura que recomendo para quem gosta da temática.

 

***

 

É necessário nunca esquecer de que se trata de uma obra de ficção, baseada em elementos que que por vezes se mascaram com acontecimentos reais, mas que são apenas fruto da imaginação do autor. É um thriller cadenciado e que prende, de forma muito subtil, deixando-nos com uma curiosidade pouco voraz em querer acompanhar a história. No entanto, irei ler o próximo volume!

 

Ficamos também à espera de saber se terá adaptação cinematográfica ou televisa?!! Eu gostaria de seguir as aventuras do Gabriel em televisão!!

 

Classificação no Goodreads:

 

 **NOTA** Este exemplar de "A Viúva Negra" foi-me enviado pela editora, em troca de uma opinião honesta..

 

 

aqui fica também a minha opinião em vídeo!

 

 

 

 

 

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Olá!

 

Hoje trago-vos mais uma opinião, de um e-book que li recentemente: Na Sombra das palavras. Este livro foi editado pela Editorial Divergência, em Julho de 2014. "Tropecei" nesta editora há pouco tempo e trata-se de uma editora que vai de encontro a todas as minhas expectativas sobre o trabalho de uma Editora em Portugal: não usar o acordo autográfico, dar primazia a novos e emergentes autores/as portugueses/as e com edições amigas do ambiente! Tem sido a minha estreia em leituras de e-books e, apesar de ser uma consumidora voraz de edições físicas, para aumentar o meu acervo fabulástico de livros, confesso que além de práticos e convenientes, são menos árvores que são destruídas no planeta!

 

A Editora aposta em ficção especulativa, aliando sobrenatural, fantástico e/ou ficção científica nas suas edições. Escolhi, então, ler uma compilação de contos de autores portugueses, num mix de thriller e fantástico, como refere a sinopse.

 

 

ebook_na sombra das palavras.jpg

 

 

Sinopse: Na Sombra das Palavras” reúne cinco contos de autores portugueses, combinando thriller e fantástico em histórias de amor, memórias esquecidas e encontros com a Morte e Deus. As palavras transportam o leitor para labirintos, panópticos, livrarias e memórias longínquas. Com contos da autoria de Ângelo Teodoro, David Camarinha, Fábio Ventura, João Ventura e Mário Seabra.

 

Autores: Ângelo Teodoro, David Camarinha, Fábio Ventura, João Ventura e Mário Seabra

Versão: E-Book (.pdf, .epub, .mobi)

36 páginas

 

 

Opinião: É necessário referir que esta compilação de contos advém de um concurso, que teve lugar em 2014 e organizado por uma blogger (Bran Morrighan) em colaboração com a Editorial Divergência, a associação da Cultura FNAC e os apoios da Editorial Presença e da Saída de Emergência. Foi possível devido ao entusiasmo comum em combinar dois géneros diferentes, o thriller e o fantástico.

 

Sendo então um livro de contos lê-se bastante rápido. Os contos são curtos e muito fluídos. Não conhecia nenhum dos autores e foi uma óptima forma de conhecer a escrita de cada um/a. Passemos agora à minha opinião de cada um dos contos.

 

  • "O Livreiro", de Fábio Ventura:  4

A leitura deste conto foi super rápida, a escrita foi inebriante, envolvente e mágica! Cativou-me instantaneamente o facto de a personagem principal ser um livreiro e depois todo o clima fantasmagórico deu um toque especial à história. O desfecho do conto foi simplesmente fantástico. Só faltou ter sido um pouco mais longo, para ter prolongado esta sensação de entusiasmo crescente ao longo do desenrolar da história!

 

  • "A lista de Deus", de João Ventura: 3

 O autor tentou introduzir elementos históricos, com um toque de religião nesta história e torná-lo um pouco thriller histórico, com um desfecho apocalíptico. A leitura foi um pouco menos fluída do que o anterior, mas interessante e agradável.

 

  • "O panóptico", de David Camarinha: 2

 Foi um conto com uma escrita mais complexa, com um conceito muito interessante, mais ou menos descritivo, introduzindo conceitos metafísicos, que a meu ver, se foram perdendo na história. Um conto fantástico, mas que a leitura foi menos prazeirosa.

 

  • "O labirinto de papel", de Ângelo Teodoro: 3

 Gostei bastante desta história, envolta num clima de mistério e figuras demoníacas. A nossa personagem desfila, num clima de confusão e medo, culminando num único final possível, mas bem conseguido.

 

  • "Tabula rasa", de Mário Seabra: 3

 Este conto foi o que me deixou com mais vontade de querer saber mais! Gostaria que fosse mais longo, com capítulos, para acompanhar o desenrolar da história e saber mais sobre aquele universo fantástico onde se fala sobre pessoas com memórias apagadas e onde existem os retomantes que, intencionalmente ou não, as conseguem recriar, depois de apagadas. A materialização de memórias é considerado um crime, delito de primeiro grau e, como tal, queria saber o porquê e foi o que me deixou com mais expectativas e em pulgas para saber mais, assim que o acabei!

 

***

 

Resumidamente, adorei esta leitura e ter tido contacto com novos autores! Gostei também das ilustrações que se apresentam no início de cada conto, em traços a carvão e preparando-nos ou ambientando-nos à atmosfera do texto que se seguia! O único apontamento menos positivo que faço, prende-se com a edição do e-book, em que a leitura em duas colunas não se torna a melhor, na minha opinião, tendo preferido que tivesse sido em texto corrido.

 

Classificação no Goodreads:

 

 

 ***

 

 E, por último, não se esqueçam, se tiverem um conto escondido na gaveta, enviem-no para a 1ª Edição do Concurso Nacional de Contos de Ficção Especulativa - mais info aqui - em que o prazo termina a 28 de Fevereiro de 2018, portanto não há desculpas!!!

 

 

 

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Olá a todos!

 

Hoje trago-vos mais uma opinião, de um livro que li para o projecto #Historiquices, do blog d'A miuda geek. Inês foi a mulher escolhida para as leituras de Janeiro, mas eu só consegui encaixá-la nas leituras de Abril. Escolhi o livro Minha Querida Inês, de Margarida Rebelo Pinto, porque tinha o livro "esquecido" nas estantes e foi desta que me resolvi a lê-lo. Foi também a minha estreia com a autora. A autora é mais conhecida pelo seu primeiro livro, Sei lá, publicado em 1998 pela Difel e tendo sido adaptado ao cinema em 2014, o livro foi um dos maiores sucessos de vendas em Portugal. O Minha Querida Inês foi publicado a 10 de Novembro de 2011, pela Editora Clube do Autor e está descrito como “Primeiro romance histórico da autora mais lida em Portugal”.

 

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Sinopse: Os últimos dias da maior heroína romântica de Portugal. Uma história apaixonante, envolvente e perturbadora. Nunca haverá outro amor assim. 

Minha Querida Inês é fruto de investigação histórica misturada com a paixão de Margarida Rebelo Pinto por mulheres fortes, cuja presença sempre foi uma constante nas suas obras. A Inês aqui retratada é uma mulher corajosa e apaixonada que fala sem pudor da sua vida íntima e da sua visão do amor, da família, de deus e do mundo. 
Inês morre por amor. Se foi " a ruça que queria roubar o reino", ou apenas vítima de uma intriga política, nunca saberemos. A Inês que aqui fica é uma mulher inteira, de carne e osso, com cabeça, coração e estômago, que sente e que pensa à frente da sua época e, por isso mesmo, sábia e intemporal.

 

Excertos
«Por onde andas, meu amor maior? Porque me tens aqui cativa neste lugar onde a culpa e os fantasmas me perseguem? Quero de novo sentar-me junto da Fonte Nova, ouvir as águas que nela correm cantando o nosso amor a uma só voz, esconder-me deste mundo horrível e carrasco que teima em ver-me como uma maldição, esquecer-me de tanta perfídia e de toda a maldade que nos cerca e ser tua mais uma vez…»

 

Opinião: Foi a minha estreia a ler algo da autora e também romance histórico.

 

Falando do que gostei! Para começar, gostei bastante da forma como o texto estava estruturado, dividido por sete capítulos, correspondendo aos sete dias que antecedem a morte de D. Inês de Castro e os seus quatro filhos. Por sua vez, cada capítulo está sub-dividido em dois, o primeiro narrado pela própria Inês de Castro e o outro narrado por outra personagem, que na maioria das vezes é referenciada nesse capítulo. Temos então vozes alternadas de D. Inês e outras personagens, tais como padres, aias, personagens importantes no desenrolar dos acontecimentos. Também gostei do facto de narrarem, sem pudor, de um modo perfeitamente normal as relações de homosexualidade ou até mesmo com animais, que havia na época, todas as intrigas, ciúmes, filhos bastardos e amores escondidos que daí adviram, que a meu ver enriqueceram bastante a trama dos acontecimentos. Gostei também das descrições dos sítios e do modo de vida de Inês, nos dias que antecedem a sua morte, ajudando os mais necessitados, à imagem e semelhança de Rainha D. Leonor. No final é apresentada uma lista de acontecimentos, por ordem cronológica, que incluem nascimentos, casamentos, mortes ou outro tipo de acontecimentos de personagens importantes e relevantes da história portuguesa, durante o período de vida de D. Pedro. Também são apresentadas árvores genealógicas de D. Pedro e outros, que nos ajudam a ter uma percepção melhorada da linhagem de casamentos, filhos bastardos e conluios amorosos da época!

 

O que não gostei: do romance a metro!!! D. Inês relata ininterruptamente como o seu amor por D. Pedro é belo e puro e único e superior aos Deuses, que por isso não deveria ser criticado e como também não é possível evitá-lo. Também relata constantemente como é linda e desde sempre soube que suscitava interesse nos homens, com a sua cinturinha de vespa e os seus longos cabelos loiros, de uma beleza estonteante e que é exclusiva de D. Pedro. E que, apesar de D. Pedro ser considerado uma "besta", um animal selvagem não só pelas suas preferências sexuais, mas também pelo seu modo abrutalhado com os outros e as suas acções cruéis, quando juntos o mundo pára e D. Pedro é o mais gentil e amoroso dos homens, tudo por causa do seu amor puro, belo, sem preconceitos, sem pecado, que é no seu todo superior ao amor dos anjos e qual história da bela e o monstro! Resumindo, D. Inês é uma diva!!

 

***

 

Esta é a minha opinião. A escrita da autora não é fantástica e o romance a metro não é coisa que me agrade, mas é uma leitura agradável para uma tarde de verão. Penso que não irei ler os outros livros da autora, apesar de tudo.

Leiam e tirem as vossas conclusões!!

E digam-me se já leram alguma coisa da Margarida Rebelo Pinto, se ficaram interessados em ler o livro Minha Querida Inês ou se participaram no #Historiquices?!

 

Classificação no Goodreads: .5

 

E aqui fica a minha opinião em vídeo!

 

 

 

 

 

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Opinião | A Raparida de Antes, de JP Delaney

por -Cristina Gaspar-, em 03.05.17

Olá!

 

Hoje trago-vos outra opinião, de um livro que tem tido muita publicidade e muita expectativa, desde que a sua edição em Portugal foi anunciada, pela editora SUMA de Letras. Este livro foi-me emprestado pela Cláudia, do canal A mulher que ama livros e que também tem a sua opinião do mesmo aqui. Se fizerem uma pesquisa rápida no Google, encontram mais opiniões variadas.

 

JP Delaney é um pseudónimo do autor e, escrevendo sobre diversos nomes, tem ganho diferentes prémios em ficção. É o director creativo de uma das maiores agências de publicidade do UK. O livro "A Rapariga de Antes" é a sua primeira novela sob esse pseudónimo.

 

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Sinopse: «Por favor, faça uma lista de todos os bens que considera essenciais na sua vida.»

O pedido parece estranho, até intrusivo. É a primeira pergunta de um questionário de candidatura a uma casa perfeita, a casa dos sonhos de qualquer um, acessível a muito poucos. Para as duas mulheres que respondem ao questionário, as consequências são devastadoras.

EMMA: A tentar recuperar do final traumático de um relacionamento, Emma procura um novo lugar para viver. Mas nenhum dos apartamentos que vê é acessível ou suficientemente seguro. Até que conhece a casa que fica no n.º 1 de Folgate Street. É uma obra-prima da arquitectura: desenho minimalista, pedra clara, muita luz e tectos altos. Mas existem regras. O arquitecto que projectou a casa mantém o controlo total sobre os inquilinos: não são permitidos livros, almofadas, fotografias ou objectos pessoais de qualquer tipo. O espaço está destinado a transformar o seu ocupante, e é precisamente o que faz…

JANE:Depois de uma tragédia pessoal, Jane precisa de um novo começo. Quando encontra o n.º 1 de Folgate Street, é instantaneamente atraída para o espaço —e para o seu sedutor, mas distante e enigmático, criador. É uma casa espectacular. Elegante, minimalista. Tudo nela é bom gosto e serenidade. Exactamente o lugar que Jane procurava para começar do zero e ser feliz.
Depois de se mudar, Jane sabe da morte inesperada do inquilino anterior, uma mulher semelhante a Jane em idade e aparência. Enquanto tenta descobrir o que realmente aconteceu, Jane repete involuntariamente os mesmos padrões, faz as mesmas escolhas e experimenta o mesmo terror que A Rapariga de Antes.

 

Opinião: Emma e Jane, as duas personagens centrais da história, têm as suas vidas ligadas pela casa (e por Edward, o dono do nº 1 da Folgate Street). Emma é a rapariga de antes.

 

O início da leitura levou-me imediatamente ao livro "The girl on the train", de Paula Hawkins, pela similaridade na estrutura do texto. Cada capítulo é a voz de uma personagem e estas vão-se intercalando, andando para trás e para a frente no tempo, aumentando o interesse na mesma e dando aquela sensação de suspense sobre o que irá acontecer. As personagens vão então relatando aspectos pessoais do seu passado e dos acontecimentos e vamos, desta forma, conhecendo as suas personalidades. Ambas começam por encontrar uma casa para arrendar, ao mesmo tempo fantástica, surreal e impossível de se conseguir, devido às excentricidades do dono, que exige um preenchimento de um questionário fora do normal e que será factor de selecção. Essa casa é no mínimo curiosa, minimalista e também, do meu ponto de vista, fria e sem alma. É assim introduzido o conceito do minimalismo no enredo, em que a casa é o exemplo disso, cheia de regras de utilização. Este conceito foi um dos motivos pelo que tive curiosidade em ler este livro, no entanto acho que foi pouco explorado. São introduzidas referências e termos japoneses sobre o tema, fazendo o paralelismo com o estilo de vida japonês, de uma forma muito simples e isso gostei bastante.

 

A história vai evoluindo e a acção leva-nos a perceber como as personagens estão envolvidas e o seu carácter, naquilo que é supostamente um clima de terror e suspense. -- Aqui penso que falhou redondamente! -- Não senti nem o terror nem o suspense. Na realidade, não senti nada mais do que mera curiosidade pelo destino de cada personagem e isso mais pela forma como os capítulos estavam dispostos. Para mim, há uma falta de empatia por todas as personagens, especialmente a Emma. Esta vai-se revelando de uma forma horrível, supostamente para chocar, mas que achei banal e ordinária, em vários aspectos. Jane tenta parecer um pouco mais "esperta", mas que também não me criou empatia ou provocou qualquer outra emoção, que não fosse nada mais do que desinteresse, por ela. As outras personagens vão desfilando, mais um vez, de forma pouco interessante, não acrescentando muito. Edward seria a única personagem com algum "charme", para mim. Tendo perfil de sociopata e perfeito vilão, mostra-se frio, distante, metódico e calculista, quase perfeito, tentando simultaneamente parecer refinado e superior aos outros, devido ao seu modo de vida minimalista radical. No entanto, achei o seu carácter pouco explorado, passando-nos  a imagem de que é uma pessoa com os mesmos hábitos, durante toda a sua vida, com um passado "obscuro" que também soube a pouco. Às páginas tantas, há uma tentativa para que o leitor sinta pena dele, apenas para de seguida sentir desprezo e isto continua, num efeito ping-pong, em que gostamos da personagem, não gostamos, gostamos, não gostamos, ... até que cansa.

 

Em jeito de resumo e apesar de tudo, a ideia do thriller é interessante, apenas achei que tem uma mistura de elementos, alguns forçados, que tentam encaixar-se para fazer uma história com sucesso. O vilão minimalista e excêntrico, a rapariga de antes, misteriosa e emocionalmente fragilizada e a rapariga de agora, que é um pouco mais forte, mas com um passado recente que também a perturba mentalmente, ambas submissas em termos de emoções. A casa interliga estas personagens, tentando assumir-se como um elemento activo, mas que não me pareceu mais do que um sítio onde a acção é narrada. Poderia ter sido noutro sítio qualquer.

 

***

 

Esta é a minha opinião. Houve algumas coisas que gostei e muitas que não gostei. Não deixa de ser uma história com algum interesse apesar de tudo. Leiam e tirem as vossas conclusões!!

 

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