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Blog literário, com conversas fiadas sobre estilo de vida saudável, animais e afins!
Olá!
Trago-vos a minha opinião de uma leitura que já fiz há uns tempos e uma entrevista com a autora, como extra! Leiam e deixem os vossos comentários!
Maria Cecília Garcia nasceu no Jardim do Mar, Madeira, a 14 de Junho de 1949. Aos seis anos de idade partiu para Venezuela para reencontrar o seu pai. Em 1973 regressou a Portugal. Casou em 1983, foi mãe de dois filhos, dedicando-se completamente à família. Nos intervalos possíveis, escrevia. Regressou à escola em 2005 para terminar o ensino secundário, concluindo-o aos 59 anos e idade.
Sinopse:
− Olha ali! É aquele! O da camisa amarela!
Sei que olhei, acenei… e fechei dentro de mim uma amálgama de sentimentos e emoções inexplicáveis. Nesse momento, descobri que o meu pai era, afinal, um estranho, um estranho de camisa amarela, um rosto igual a outros tantos… não se deu o milagre.
***
…a minha mãe se deixou cair ao chão, quase à beira do precipício, tomou a minha irmã pequena ao colo e começou a dar-lhe de mamar, em silêncio, eu e os meus irmãos sentámo-nos junto dela… e ficámos ali, a contemplar como a casa de banho, a cozinha, um dos quartos e o frigorífico deslizavam pela encosta, ao princípio lentamente, depois cada vez mais rápidos até chegar ao fundo, perto do lindo vale que, agora, já não tinha nenhuma graça…
Opinião: É uma história deliciosa, onde acompanhamos as aventuras e desventuras de uma mãe que tem a coragem de pegar nos filhos e mudar-se par outro continente, para se re-encontrar com o marido. São histórias de uma vida difícil, cheia de mudanças, com tristezas e alegrias, vistas e contadas pelos olhos de uma menina que agora é mulher.
É um livro adorável, com amor, família, sofrimento e aventura. Um testemunho de coragem e perseverança que merece ser lido por todos!
Classificação no Goodreads: .5
**NOTA** Este exemplar de "História em pedacinhos" foi-me enviado pela autora, em troca de uma opinião honesta..
E aqui fica também a minha opinião em vídeo!
Se ficaram interessados, podem adquirir o livro aqui, vale bem a pena!
- Entrevista -
A Maria Cecília Garcia relata-nos, de uma forma autobiográfica e simples, as memórias de uma menina muito doce e a história de emigração que a marcou a si e à sua família.
Quando começou a escrever?
Não sei muito bem quando comecei. Na verdade, sempre fui mais leitora do que escritora, mas quando lemos muito, percebemos que todos temos histórias para contar. Desde o meu tempo de escola e ao longo da vida, sempre escrevi. Descobri que escrever me libertava. Mas nunca dei importância aos meus devaneios. Depois vi que as nossas histórias são tão importantes como outras que lemos nos livros. Para mim um escritor era um ser iluminado que eu nunca podería ser. Ainda penso um pouco assim, e me sinto muito pequenina. Por isso decidi arriscar muito tarde, aliás, na minha vida tudo começou tarde!
O que é que a motivou a escrever a história?
Comecei escrevendo as memórias de uma época na qual os meus irmãos não viveram, uma parte da vida dos meus pais muito interessante e que apenas eu lembrava. A ideia era fazer um caderno de memórias para deixar o testemunho aos meus irmãos e restantes familiares. A minha mãe sempre dizia que a nossa vida dava um livro…eu diria que todas as vidas dão um livro, mas só alguns as contam. Foi também uma homenagem aos meus pais, à sua luta, à sua persistência e aos seus fracassos. Foi uma época que, parecendo trágica e complicada, quando olho para trás, esboço sempre um sorriso e me sinto uma privilegiada por ter tido uma infância tão diferente.
O que sentiu ao regressar à Madeira, sentiu vontade de voltar à Venezuela ou sentiu como que um retorno às origens?
Regressar à Madeira foi regessar a casa. A Venezuela era, e é, a minha segunda pátria. Mas regressar à aldeia foi também cortar o cordão umbilical, crescer como pessoa. Ainda regressei à Venezuela, mas constatei que já não era o meu lugar.
Uma das coisas que mais gostei nos seus relatos foram as viagens, sempre a mudar de casa. É um dos problemas mais comuns da emigração, a deslocação para onde temos trabalho. Não sendo fácil essa mudança constante, como foi crescer dessa forma, pode contar-nos um pouco mais como a afectou e à sua família?
Saudade é o segundo nome do emigrante. É verdade que a vida do imigrante começa sempre com uma longa viagem, mas quase sempre, ao menos naquela época, os imigrantes fixavam-se, quase sempre num lugar perto de seus conterrâneos. No caso da minha família não foi assim. Os fracassos e a vergonha de ser perdedores, segundo o seu ponto de vista, obrigaram-nos a escapar, a esconder-se. As mudanças contínuas deram-nos a conhecer um país, ensinaram-nos a adaptarnos a diferentes circunstâncias. Deram-nos também mais liberdade para sermos nós próprios, e ao mesmo tempo nos fecharam numa bolha onde apenas o pensamento da minha mãe prevalecia. Mas como crianças éramos tão livres! Eu sei que há em tudo isto grandes contradições. Quem lê o livro percebe as frustrações dos adultos, mas as crianças eram felizes. Para mim foi uma escrita muito nostálgica, cresci a ouvir falar desses costumes e tradições pela voz da minha mãe e restante família e penso que hoje em dia é ainda desconhecido.
Também, por experiência pessoal, identifiquei-me com as dificuldades inerentes à emigração. Como tal irei recomendar a leitura deste livro, escrito de uma forma simples, acessível e com uma história deliciosa.
Poderemos esperar outro livro futuramente da Maria Cecília?
Na verdade já comecei a escrever: Sinto-me na obrigação de mostrar o efeito que todas estas vivências causaram àquela menina, e como esta conseguiu se transformar em mulher.Já não será a menina a contar a história, agora será a mulher que olha de fora para dentro de si, para aprender a ser. Mas não sei escrever a correr. Não me sinto escritora, apenas tenho algum jeito para contar histórias.
Relativamente à publicação do livro em Portugal, sentiu dificuldades ou falta de apoio das Editoras Portuguesas? Pode contar-nos como foi esse processo?
Devo dizer que apenas enviei o livro a uma editora, a Editora Chiado, que se prontificou a publicar o livro,o que foi uma surpresa para mim! Foi um momento de loucura, uma vez que nunca tinha pensado publicar algo que sempre escrevi em segredo. Como tal, não sei o que acontece com as outras editoras. Mas considero o papel da editora fundamental, abre-nos portas que nós, os autores estreantes não conseguiríamos abrir. Seguramente haveria mais a fazer. Quanto ao sucesso que um livro possa ter ou não, isso não depende nem da editora nem do autor, depende do público. Nem sempre os melhores livros fazem sucesso. Tenho a certeza que existem verdeiras jóias literárias que passam absolutamente despercebidas. Na actualidade o apoio dos media é imprescindível.
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Olá!
Hoje vou-vos falar da minha experiência a ler Daniel Silva.
Apesar de já ter dois livros do autor na estante, O Assassino Inglês e o Morte em Viena, ainda não me tinha puxado para começar a ler. Há uns anos comecei a ler O Assassino Inglês, mas pareceu-me lento a desenrolar a acção, um pouco chato até e deixei-o e esqueci-o na estante... Entretanto, vi que a HarperCollins ibérica iria lançar o novo título A Viúva Negra, a 8 de Março e fiquei imediatemente curiosa com a história. Como tinha recentemente lido o Célula Adormecida, de Nuno Nepomuceno (aqui fica a minha opinião, se quiserem dar uma olhadela), fiquei curiosa com este livro, visto que a premissa do livro era bastante parecida! A capa também agarrou a minha atenção imediatamente e resolvi, então, dar outra oportunidade ao autor.
Daniel Silva começou a escrever e publicar livros em 1997 e foi com o Assassino Inglês que ficou famoso. A personagem do Gabriel Allon foi introduzida nesse livro e as suas aventuras começaram e não mais pararam. Até à data, as aventuras do nosso espião e restaurador de arte acompanham-nos por 16 volumes! E o volume 17 já tem data prevista de saída a 11 de Julho, também editado pela Harper!
Sinopse:
O lendário espião e restaurador de arte Gabriel Allon está prestes a tornar-se chefe dos serviços secretos israelitas.
Porém, em vésperas da promoção, os acontecimentos parecem confabular para o atrair para uma última operação no terreno.
O ISIS fez explodir uma enorme bomba no distrito do Marais, em Paris, e um governo francês desesperado quer que Gabriel elimine o homem responsável antes que este ataque novamente.
Chamam-lhe Saladino...
É um cérebro terrorista cuja ambição é tão grandiosa quanto o seu nome de guerra, um homem tão esquivo que nem a sua nacionalidade é conhecida. Escudada por um sofisticado software de encriptação, a sua rede comunica em total segredo, mantendo o Ocidente às escuras quanto aos seus planos e não deixando outra opção a Gabriel senão infiltrar uma agente no mais perigoso grupo terrorista que o mundo algum dia conheceu. Trata-se de uma extraordinária jovem médica, tão corajosa quanto bonita.
Às ordens de Gabriel, far-se-á passar por uma recruta do ISIS à espera do momento de agir, uma bomba-relógio, uma viúva negra sedenta de sangue.
Uma arriscada missão levá-la-á dos agitados subúrbios de Paris à ilha de Santorini e ao brutal mundo do novo califado do Estado Islâmico e, eventualmente, até Washington, onde o implacável Saladino planeia uma noite apocalíptica de terror que alterará o curso da história.
A Viúva Negra é um thriller fascinante de uma chocante presciência. Mas é também uma viagem ponderada até ao novo coração das trevas que perseguirá os leitores muito depois de terem virado a última página.
Uma teia de enganos.
Opinião: A Viúva Negra é o 16º livro da saga do nosso herói, o Gabriel Allon, introduzido como o lendário espião e restaurador de arte.
A história inicia-se com um ataque terrorista, efectuado pelo ISIS e Gabriel Allon é retirado do seu "anonimato e reclusão" e chamado para apanhar os terroristas antes que haja outro ataque. Num clima de thriller, onde é necessário correr contra o tempo e pensar, qual campeão de xadrez, em duas ou três jogadas à frente, a história vai-se desenrolando num ritmo vertiginante e a nossa viúva negra aparece então na história. Ela é uma jovem médica, residente em Paris e que é recrutada para se infiltrar numa das mais perigosas organizações terroristas do mundo. Para tal, é descrito todo o seu processo de treino, físico e psicológico, com uma lavagem cerebral, para que, com sucesso, esta se infiltre na célula terrorista e leve a sua missão com sucesso até ao fim. Ao longo desse treino, ela vai viajar e contactar com diversas pessoas e vai deparar-se com determinadas situações, em que ela vai descobrir certas características da sua personalidade que desconhecia até à altura. Ao infiltrar-se na rede de terroristas, viaja até ao Estado Islâmico e depara-se com o cérebro terrorista e o thriller adensa-se.
A história tem um desfecho que deixa a vontade de ler mais! O nosso Gabriel assume uma posição esperada e a nossa viúva negra vê-se perante uma situação em que a sua decisão vai mudar a sua vida radicalmente! E veremos isso nos próximos volumes!
**
A história evolue de forma fluída, num compasso constante, sem períodos lentos ou demasiado rápidos. E é aqui que se nota a experiência do autor, porque apesar de este já ser o 16º volume do nosso espião, não senti que precisasse de ler os volumes anteriores. Ao longo do livro foram referenciados alguns acontecimentos anteriores, que foram explicados de forma sucinta e que nos enquadraram imediatamente na história. Sinto que conheço o Gabriel, mesmo sem saber a história dele. É um herói que não é perfeito, tem os seus fantasmas, mas é sério e honesto e luta pela justiça e um mundo melhor. E apesar de haver um número considerável de personagens envolvidas nos seus livros, algumas das quais são referenciadas, leva-me a dar os parabéns ao autor, por não se perder ao longo destes 16 volumes.
Inevitavelmente, senti necessidade de o comparar ao livro A célula adormecida e, por isso teve a classificação de 4 estrelas e não mais. A célula adormecida é um thriller muito rápido, com uma história igualmente actual, mas com "heróis" pouco convencionais e situações que nos levam a reflectir, mais do que simplesmente a observar. A viúva negra não deixa de ser um thriller interessante, muito bem construído, obra de ficção e também baseado em situações reais, mas não tão arrebatador. É um livro que se lê a um ritmo contante, quase que podemos planear o dia em que o vamos acabar de ler. Não obstante, é uma leitura que recomendo para quem gosta da temática.
***
É necessário nunca esquecer de que se trata de uma obra de ficção, baseada em elementos que que por vezes se mascaram com acontecimentos reais, mas que são apenas fruto da imaginação do autor. É um thriller cadenciado e que prende, de forma muito subtil, deixando-nos com uma curiosidade pouco voraz em querer acompanhar a história. No entanto, irei ler o próximo volume!
Ficamos também à espera de saber se terá adaptação cinematográfica ou televisa?!! Eu gostaria de seguir as aventuras do Gabriel em televisão!!
Classificação no Goodreads:
**NOTA** Este exemplar de "A Viúva Negra" foi-me enviado pela editora, em troca de uma opinião honesta..
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Olá!
Hoje trago-vos outra opinião, de um livro que tem tido muita publicidade e muita expectativa, desde que a sua edição em Portugal foi anunciada, pela editora SUMA de Letras. Este livro foi-me emprestado pela Cláudia, do canal A mulher que ama livros e que também tem a sua opinião do mesmo aqui. Se fizerem uma pesquisa rápida no Google, encontram mais opiniões variadas.
JP Delaney é um pseudónimo do autor e, escrevendo sobre diversos nomes, tem ganho diferentes prémios em ficção. É o director creativo de uma das maiores agências de publicidade do UK. O livro "A Rapariga de Antes" é a sua primeira novela sob esse pseudónimo.
Sinopse: «Por favor, faça uma lista de todos os bens que considera essenciais na sua vida.»
O pedido parece estranho, até intrusivo. É a primeira pergunta de um questionário de candidatura a uma casa perfeita, a casa dos sonhos de qualquer um, acessível a muito poucos. Para as duas mulheres que respondem ao questionário, as consequências são devastadoras.
EMMA: A tentar recuperar do final traumático de um relacionamento, Emma procura um novo lugar para viver. Mas nenhum dos apartamentos que vê é acessível ou suficientemente seguro. Até que conhece a casa que fica no n.º 1 de Folgate Street. É uma obra-prima da arquitectura: desenho minimalista, pedra clara, muita luz e tectos altos. Mas existem regras. O arquitecto que projectou a casa mantém o controlo total sobre os inquilinos: não são permitidos livros, almofadas, fotografias ou objectos pessoais de qualquer tipo. O espaço está destinado a transformar o seu ocupante, e é precisamente o que faz…
JANE:Depois de uma tragédia pessoal, Jane precisa de um novo começo. Quando encontra o n.º 1 de Folgate Street, é instantaneamente atraída para o espaço —e para o seu sedutor, mas distante e enigmático, criador. É uma casa espectacular. Elegante, minimalista. Tudo nela é bom gosto e serenidade. Exactamente o lugar que Jane procurava para começar do zero e ser feliz.
Depois de se mudar, Jane sabe da morte inesperada do inquilino anterior, uma mulher semelhante a Jane em idade e aparência. Enquanto tenta descobrir o que realmente aconteceu, Jane repete involuntariamente os mesmos padrões, faz as mesmas escolhas e experimenta o mesmo terror que A Rapariga de Antes.
Opinião: Emma e Jane, as duas personagens centrais da história, têm as suas vidas ligadas pela casa (e por Edward, o dono do nº 1 da Folgate Street). Emma é a rapariga de antes.
O início da leitura levou-me imediatamente ao livro "The girl on the train", de Paula Hawkins, pela similaridade na estrutura do texto. Cada capítulo é a voz de uma personagem e estas vão-se intercalando, andando para trás e para a frente no tempo, aumentando o interesse na mesma e dando aquela sensação de suspense sobre o que irá acontecer. As personagens vão então relatando aspectos pessoais do seu passado e dos acontecimentos e vamos, desta forma, conhecendo as suas personalidades. Ambas começam por encontrar uma casa para arrendar, ao mesmo tempo fantástica, surreal e impossível de se conseguir, devido às excentricidades do dono, que exige um preenchimento de um questionário fora do normal e que será factor de selecção. Essa casa é no mínimo curiosa, minimalista e também, do meu ponto de vista, fria e sem alma. É assim introduzido o conceito do minimalismo no enredo, em que a casa é o exemplo disso, cheia de regras de utilização. Este conceito foi um dos motivos pelo que tive curiosidade em ler este livro, no entanto acho que foi pouco explorado. São introduzidas referências e termos japoneses sobre o tema, fazendo o paralelismo com o estilo de vida japonês, de uma forma muito simples e isso gostei bastante.
A história vai evoluindo e a acção leva-nos a perceber como as personagens estão envolvidas e o seu carácter, naquilo que é supostamente um clima de terror e suspense. -- Aqui penso que falhou redondamente! -- Não senti nem o terror nem o suspense. Na realidade, não senti nada mais do que mera curiosidade pelo destino de cada personagem e isso mais pela forma como os capítulos estavam dispostos. Para mim, há uma falta de empatia por todas as personagens, especialmente a Emma. Esta vai-se revelando de uma forma horrível, supostamente para chocar, mas que achei banal e ordinária, em vários aspectos. Jane tenta parecer um pouco mais "esperta", mas que também não me criou empatia ou provocou qualquer outra emoção, que não fosse nada mais do que desinteresse, por ela. As outras personagens vão desfilando, mais um vez, de forma pouco interessante, não acrescentando muito. Edward seria a única personagem com algum "charme", para mim. Tendo perfil de sociopata e perfeito vilão, mostra-se frio, distante, metódico e calculista, quase perfeito, tentando simultaneamente parecer refinado e superior aos outros, devido ao seu modo de vida minimalista radical. No entanto, achei o seu carácter pouco explorado, passando-nos a imagem de que é uma pessoa com os mesmos hábitos, durante toda a sua vida, com um passado "obscuro" que também soube a pouco. Às páginas tantas, há uma tentativa para que o leitor sinta pena dele, apenas para de seguida sentir desprezo e isto continua, num efeito ping-pong, em que gostamos da personagem, não gostamos, gostamos, não gostamos, ... até que cansa.
Em jeito de resumo e apesar de tudo, a ideia do thriller é interessante, apenas achei que tem uma mistura de elementos, alguns forçados, que tentam encaixar-se para fazer uma história com sucesso. O vilão minimalista e excêntrico, a rapariga de antes, misteriosa e emocionalmente fragilizada e a rapariga de agora, que é um pouco mais forte, mas com um passado recente que também a perturba mentalmente, ambas submissas em termos de emoções. A casa interliga estas personagens, tentando assumir-se como um elemento activo, mas que não me pareceu mais do que um sítio onde a acção é narrada. Poderia ter sido noutro sítio qualquer.
***
Esta é a minha opinião. Houve algumas coisas que gostei e muitas que não gostei. Não deixa de ser uma história com algum interesse apesar de tudo. Leiam e tirem as vossas conclusões!!
Classificação no Goodreads:
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Olá!
Hoje trago-vos mais uma opinião, de um livro que acabei de ler recentemente e que é de um autor português que eu não conhecia. O seu nome é Nuno Lopes Tavares (vejam aqui a bio) e este livro, A Hora de Maria, já é o seu 2º título escrito, tendo sido editado a 3 de Fevereiro de 2017, pela Editora Saída de Emergência.
Começo por dizer que adoro a Editora Saída de Emergência (SE). Adoro as edições, a nível estético (sou completamente arrebatada por capas bonitas!) e a nível de diversidade de títulos no seu catálogo, é fantástica. sendo perfeito para uma leitora eclética como eu :)
O título mais recente que comprei da SE foi o Terrarium, de João Barreiros e Luís Filipe Silva. Este livro é uma re-edição de um dos primeiros clássicos de ficção-científica em Portugal. Uma obra de referência para amantes do género!
Fui à apresentação do livro na Fnac do Chiado, em Fevereiro deste ano, com apresentação do Rui Zink e conversa com os autores. Gostei tanto que não saí de lá sem uma cópia, autografada pelos dois!! :) Sendo fã de ficção-científica, tinha mesmo de ler esta obra e tê-la como presença obrigatória na minha estante. #lerosnossos
Ficam aqui umas fotos dessa apresentação.
Infelizmente não consigo traduzir em palavras o maravilhoso que foi, além de falar sobre o livro e todos os problemas, dentro do panorama nacional, referentes à 1ª edição do livro, os autores ainda demonstraram que tinham sentido de humor e foi uma conversa bastante agradável, com imenso riso pelo meio! Só tenho que, mais uma vez, dar os meus parabéns à editora por ter pegado neste livro e re-editado nesta edição fantástica!
Gostei tanto que, ao chegar a casa, fui "folhear" (interneticamente, entenda-se - se é que esta palavra existe!) o catálogo da SE e imediatamente o livro "A hora de Maria" chamou-me à atenção. Talvez porque estejamos num ano de visita do Papa ao Santuário de Fátima, ou talvez porque (mais uma vez!) gostei da capa do livro ou talvez porque goste de saber os "podres" da Igreja Católica, entrou directamente na minha wishlist! Adoro thrillers, é um dos meus géneros de leitura favoritos e este livro só prometia ser, no mínimo, uma leitura fantástica!
Sinopse: Esqueça tudo o que sabe sobre Fátima. A verdade está prestes a ser revelada.
Aproxima-se o primeiro centenário das aparições de Fátima. A celebração representará um marco histórico na vida do Santuário, exacerbada com a visita do Papa. O país prepara-se para esse momento sem, no entanto, prever as convulsões que o acompanharão. Um homem é confrontado com uma informação, secreta e muito sensível, sobre a irmã Lúcia, que pode colocar em causa o papel desempenhado pela pastorinha, e até mesmo ameaçar a sobrevivência de Fátima.
Dividido entre a falta de fé e a sua ligação ao local, João Francisco vai lutar pela verdade, defrontando-se com as suas dúvidas e os poderes misteriosos que o rodeiam. Que riscos corre? Que tentações o fragilizam? Que segredos esconde o Santuário?
A Hora de Maria é um thriller empolgante que revisita as aparições com um novo olhar, reflete sobre o papel da religião e revela-nos como Fátima se mistura com a História de Portugal dos últimos cem anos.
Opinião: Comecei a ler e imediatamente gostei da escrita do autor. É bastante descritiva, não muito fluída, mas prazeirosa de ler. A estrutura do texto também me agradou, já que começa com a acção no passado, em 1917 e vai dando saltos para o tempo presente e intercalando, novamente, períodos do passado. Estas analepses, recorrentes em todo o livro, necessitam de alguma atenção por parte do leitor, mas tornam a história mais interessante e intrigante.
A nossa personagem principal, o João Francisco, está, no início da narrativa, a escrever um livro para desvendar alguns dos segredos de Fátima, com apoio de alguns documentos a que teve acesso. Estes segredos fazem parte de uma teoria de conspiração, envolvendo a Irmã Lúcia e os pastorinhos. Gira em torno do controlo que é exercido por parte dos padres e superiores, a nível nacional e pelo Vaticano, políticos ou apenas corruptos, envolvidos num esquema que explora economicamente o Santuário e o fenómeno da aparição de Nossa Senhora de Fátima.
João é inicialmente descrito como um rapaz não crente e que se vê envolvido numa trama de conspiração, devido ao seu livro. As personagens envolvidas vão sendo inseridas gradualmente na narrativa, permitindo-nos acompanhar e "ligar os pontos" desta trama. Excertos de entrevistas feitas a Lúcia, pelos padres e enviadas ao Papa ou excertos de conversas entre o próprio Salazar e Cerejeira, sobre o "milagre" de Fátima, são inseridos no meio, de uma forma mais ou menos cronológica e de acordo com aquilo que, presumivelmente aconteceu, desde o aparecimento de Nossa Senhora de Fátima, aos três pastorinhos e à edificação do próprio santuário. Nos dias de hoje, os acontecimentos giram à volta de uma trama bem elaborada, cheia de mentiras, enganos, jogos de poder e intrigas.
A teoria da conspiração é reforçada por uma visita do Papa ao Santuário, nos dias de hoje. Faz uso do "milagre" de Maria, de forma habilidosa, aumentando o suspense inerente aos acontecimentos. A acção desenrola-se um pouco mais rápido, com elementos de filmes de espiões, havendo pequenas reviravoltas a cada página. E ainda tem espaço para uma história de amor, bela, pura e inocente.
***
É necessário referir e ter em atenção, sem nunca esquecer de que se trata de uma obra de ficção, com elementos históricos, de forma bem descrita e narrada pelo autor, que nos prende ao enredo. No entanto, a leitura não é rápida e, na minha opinião, não o classifico como um thriller, mas não deixa de ser uma leitura agradável. Gostaria que tivesse mais referências a segredos "obscuros" da Igreja Católica e, como tal, soube-me a pouco!! Quiçá, numa continuação?!!
Classificação no Goodreads: .5
**NOTA** Este exemplar de "A Hora de Maria" foi-me enviado pela editora, em troca de uma opinião honesta..
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Olá!
Hoje vou falar de um livro que li recentemente e que, além de fazer parte da minha TBR (gigantesca) de Abril, também consegui inserir num dos desafios de uma maratona literária que estou a participar, a Celtic-a-Thon, a decorrer de 15 de Abril a 15 de Maio e organizada pela Elsa e pela Filipa, vejam o vídeo de apresentação da maratona (link acima) e a minha TBR será apresentada para a semana!
Li o "Desconhecidos", de Taichi Yamada, livro que requisitei da biblioteca.
Editora: Civilização (1987; Edição Portuguesa de 2005)
Sinopse: O livro não apresenta sinopse, mas na capa e contra-capa tem duas frases:
Opinião: Taichi Yamada é um autor japonês que já conhecia, porque já li outro livro dele e gostei bastante. Ele escreve sobre morte, fantasmas e suicídios, de acordo com a cultura japonesa, temas que me interessam muito. Novamente, a escrita do autor não desiludiu, é feita de forma suave, fluída e concisa, incorporando aspectos da cultura japonesa com o desenrolar da acção e um pouco de terror.
A história desenrola-se à volta de Hideo, contada na 1ª pessoa. Trata-se de um homem de meia-idade, recentemente divorciado , guionista de séries de TV, com uma posição economicamente confortável e que mora sozinho, apesar de ter um filho. O sua relação e o seu divórcio não correram da melhor forma e o relação actual com o seu filho é bastante distante. O seu próprio passado foi difícil, visto que ficou órfão aos 12 anos, após um acidente que matou os seus pais.
Além de toda a escrita introspectiva e virada para os pequenos pormenores, como é bastante típico da cultura japonesa, as descrições não são maçudas nem lentas, tudo se desenrola a um ritmo assombroso. Hideo fala-nos do seu dia-a-dia, da sua vida de casado, das suas amizades e de uma mulher, a Kei, que mora no seu prédio e conhece recentemente. Fala-nos também da sua ida à aldeia natal, onde no meio de uma viagem nostálgica pelas ruas e edifícios da aldeia conhece um casal bastante curioso! É aqui que começa a escrita de terror, pertubadora. De uma forma muito simples e cuidada, Hideo descreve os acontecimentos e as interacções que tem com esse casal e como isso o perturba (a ele e a nós!!). Após as suas repetidas viagens à sua aldeia natal, vê-se confrontado com uma realidade surreal, que não entende, mas que o conforta e o faz reflectir sobre a sua vida actual. No entanto, estas viagens trazem consequências graves, que o afectam, apesar de ao início ele próprio não se aperceber do que está a acontecer. É Kei que insiste que ele não está bem e que deverá desistir das idas à aldeia.
"Neste ponto da história, a minha empatia por Hideo era enorme. Ao ler a história apercebi-me que o que lhe aconteceu era algo que eu gostaria que me acontecesse a mim também, por muito más que as consequências fossem e assim, tornou-se uma leitura muito nostálgica, a nível pessoal."
Inevitavelmente, após o finalizar das idas à sua aldeia, a acção decorre, aparentemente sem surpresas e então o twist final acontece! Eu não estava NADA à espera disto! Apesar de ter havido uma espécie de premonição no início, fiquei completamente estupefacta e com um misto de terror tive algum receio de ler e curiosidade ao mesmo tempo (sabem aquela sensação quando lêem um thriller e querem saber tudo e ao mesmo tempo não querem?!! Pois, era isso!). O final, à boa moda japonesa, é fantástico! Deixa espaço para reflexões sobre coisas tão comuns e importantes como relações entre pais e filhos, morte e o além-morte. Há todo um tabu antigo na cultura japonesa que vai contra o estar em comunhão com os mortos e isso está muito bem descrito e explorado no livro. Mesmo assim, quem não gostaria que lhe acontecesse o mesmo que aconteceu ao Hideo? Eu de certeza não me importaria de ter uma experiência semelhante!
É uma história linda, que emociona e nos faz reflectir sobre a vida.
Classificação no Goodreads:
Aqui está outra opinião sobre o mesmo livro!
E aqui fica a minha opinião em vídeo!
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E falando de um autor que adoro - Neil Gaiman - e que tem um livro que me deixou intrigada... Como Falar com Raparigas em Festas, é um conto originalmente publicado em 2007 e foi recentemente publicado a 13 de Abril de 2017, pela Bertrand Editora e que eu não conhecia.
Imprensa: Como Falar com Raparigas em Festas, conto premiado com o Hugo Award e Locus Award, de Neil Gaiman, um dos autores mais célebres do nosso tempo, foi adaptado a novela gráfica com ilustrações vibrantes pela dupla brasileira Gabriel Bá e Fábio Moon. Apesar da história se desenrolar na década de 70, o conto de Neil Gaiman retrata ainda hoje um momento da puberdade comum aos jovens.
Sinopse: Enn tem 16 anos e não compreende as raparigas, ao passo que o seu amigo Vic parece já ter tudo na ponta da língua. Mas ambos apanham o choque da sua vida ao depararem com uma festa em que as raparigas são muito mais do que aquilo que aparentam ser…
A minha perspectiva: Parece mais um manual cómico para adolescentes e que me lembrou imediatamente o Diário de Adrian Mole, apesar de, provavelmente, não ter nada a ver. O que me deixou intrigada é que não pensei que Neil Gaiman fizesse uma história deste género e ao mesmo tempo deixou-me curiosa, porque sendo um dos meus autores favoritos, este "sai da zona de conforto" de escrita dele a que estou habituada.
Alguém já leu?! Estão curiosos ou nem por isso? Eu quero dar-lhe uma olhada a próxima vez que passar na Bertrand
Olá a todos!!
Hoje vamos falar de uma Graphic Novel ou Banda Desenhada ou História em Quadradinhos como gostarem mais de chamar.
Aparte a história, esta edição é da G Floyd Studio - Portugal, uma "das principais editoras de banda desenhada activas no nosso país. São uma empresa internacional, activa na Polónia e na Dinamarca. Em Portugal, publicam algumas das principais séries de comics americanos independentes, como SAGA [a título de curiosidade, uma das minhas BDs favoritas de todos os tempos!!], uma das mais aclamadas séries actuais, bem como "Southern Bastards", "Outcast", "Harrow County", e outras, para além duma colecção de títulos seleccionados da Marvel e uma colecção de romances gráficos."
E como é que conheci esta editora?! Culpa do booktube, óbvio! Gosto de ler, gosto de ler BD, gosto de devorar BD! E gosto de ter as minhas "meninas", como carinhosamente chamo aos meus livros de BD na minha estante, em capa rija, ou hardcover, termo mais comum!, em condições perfeitas, sem dobras e sem riscos ou arranhadelas. Ora, quando compro as edições inglesas, em capa mole, ou softcover, regra geral, estas são mais baratas do que em hardcover e por esse motivo, acabo por ter mais colecções em paperback do que em hardback! No entanto, nos vídeos do booktube português, começaram a aparecer umas edições super lindas, magníficas, em hardcover e fiquei logo de boca aberta! UAU, também quero aquilo!, pensei eu! E fui investigar que editora seria. A resposta à editora já sabem, é a que está no parágrafo anterior! ;) E foi assim que conheci a editora e adquiri o Fatale.
E agora, falando do livro ;) É o Fatale, Vol.1: A morte persegue-me, ou Fatale. Book One: Death Chases Me, com história de Ed Brubaker e ilustração de Sean Phillips.
Em jeito de curiosidade, aqui o nosso amigo Ed B. já participou no B
Sinopse
Terror e policial negro colidem em Fatale: A Morte Persegue-me, uma das mais aclamadas séries de banda desenhada actuais. Nos nossos dias, um homem conhece uma mulher misteriosa por quem fica imediatamente obcecado, mas nos anos 50, essa mesma mulher destrói as vidas de todos os que se cruzam com ela para conseguir o seu intuito. Qual o seu segredo? Que horrores se escondem no seu passado?
A dupla Ed Brubaker e Sean Phillips tem sido responsável por alguns dos maiores sucessos críticos dos comics americanos, desde Sleeper, um thriller que cruza espionagem com super-heróis, até aos seus mais recentes títulos na Image, Criminal, Incognito e Fatale. Nomeada para cinco Eisners (incluindo Melhor Nova Série, Melhor Argumento, e Melhor Desenho), a série ganhou também um Eisner para Melhores Cores, pelo trabalho de Dave Stewart.
Opinião
Falando um pouco de coisas óbvias. Pode pensar-se que uma banda desenhada é trivial e só tem "bonecos", mas existe muito trabalho e uma equipa grande por trás de um livro, ao contrário do escritor solitário que idealiza a história na sua secretária. Para uma banda desenhada precisamos de um escritor, para imaginar e escrever a história, um ilustrador, que dará os primeiros traços, dando forma e trazendo à vida a ideia do escritor e um colorista (que não faço a mínima ideia se esse é o termo correcto, mas vocês percebem o que quero dizer ;)). Por vezes, podem ser os mesmos a fazer várias funções, mas por norma existem mais do que 2-3 pessoas para nos trazer aquele volume fabulástico de que tanto gostamos!!
Agora a opinião a sério!
A começar pela arte! Gostei bastante da arte gráfica. O esquema de cores é fabuloso e remete-nos imediatamente para um universo noir, de filmes de detectives de gabardine, de um filme de suspense de Sábado à noite. Foi, sem dúvida, um prémio bem merecido, o prémio Eisner para melhores cores. As ilustrações são excelentes, começando pela capa, que nos remete imediatamente para o universo de H. P. Lovecraft, com o "abraço do cthulhu". O traço é o típico de comics noir.
A história em si, talvez seja um pouco cliché, mas cativa e vicia. Com o polícia corrupto, a dama fatal de que todos gostam e se apaixonam e fazem de tudo, correcto ou não, para ficarem com ela e sem heróis, introduz monstros e criaturas demoníacos, remetendo-nos imediatamente para um ambiente de horror Lovecraftiano (se isto é uma palavra!). A história prossegue então, com o espectro da morte sempre presente, em torno de todos os que rodeiam a mulher fatal.
É uma combinação de crime e horror, com sobrenatural. Estou ansiosa por ler o próximo volume!
UPDATE: Acabei de encomendar o Vol 2, 3 e 4!!! Não consegui resistir!
Aqui está a minha classificação no Goodreads! E é isso! Fica aqui a minha opinião, por escrito e também em vídeo (com a participação do Filipe):
Espero que tenham gostado e tenha despertado a curiosidade em alguns e não se esqueçam também de ir dar uma olhadela nos títulos disponíveis da G Floy Studio e leiam mais BD!!!!!
-- Não percam a próxima opinião aqui no blog, porque nós também não!! --
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Obrigada!! :)
**Boas leituras!**
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Olá!!
Hoje o post do blog é sobre a minha opinião de 2 livros bem conhecidos e que já li há uns pares de meses.
Sinopse
No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.
Até que um dia...
Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.
De leitura compulsiva, este é o thriller do momento, absorvente, perturbador e arrepiante.
Comecei a ler este livro por causa de todo o entusiasmo à volta dele nas redes sociais e porque encontrei uma edição de capa dura barata, no awesomebooks! Sim!, adoro capas duras e sim!, sou "forreta" relativamente a livros! ;)
Mas.... voltando à opinião. :) Acabei de ler este livro em Setembro de 2016 e já este ano vi a adaptação cinematográfica! Apesar de já não me lembrar de todos os pormenores da história, ficou comigo aquela sensação fantástica de, a cada virar de página, haver um twist diferente a acontecer e o desenrolar numa acção completamente diferente daquilo que eu estava a imaginar. A história é contada em capítulos, divididos pelas vozes de 3 mulheres distintas, interligadas por vidas diferentes. A Rachel, a nossa mulher "principal" começa a narrar a história, descrevendo o caminho dela de todos os dias, do trabalho para casa e de casa para o trabalho, dando-nos a sua visão do que ela acha ser uma vida perfeita. Todos os dias ela observa uma casa em especial, na sua viagem de comboio e idealiza e compara a sua vida com a dessa mulher. Há uma 3ª mulher na história, que por sua vez, faz parte da vida destas outras. Obviamente, sendo esta história um thriller, acaba por haver um acontecimento que vai perturbar toda essa "vida perfeita" e a história vai progredindo com as vozes das 3 mulheres interligadas e os acontecimentos vão-se desenrolando rapidamente, sempre num clima de mistério. Tenho a dizer que a acção é muito rápida, sendo a leitura é bastante fluída e por diversas vezes pensei que sabia o que ia acontecer, de seguida surpreendedo-me a cada página com o contrário! Adoro a escrita da autora e recomendo a quem gosta do género e também de leituras rápidas e fluídas!
Muito rápida e sucintamente sobre a adaptação cinematográfica. Gostei bastante. Falham alguns pormenores que, naturalmente, nós leitores reparamos, não deixando de ser um óptimo filme. Igualmente de acção rápida, num clima de mistério e thriller, as vidas das 3 mulheres aparecem interligadas num turbilhão de acontecimentos, crescendo de intensidade até ao final, ao desenrolar da história. O facto de se passar numa cidade diferente da da acção do livro não é importante, só acho que poderiam ter explorado mais as características pessoais da Rachel. Óptimo filme para um Domingo à tarde!
Sinopse
Para Jack, de cinco anos, o quarto é o mundo todo. É onde ele e a Mamã comem, dormem, brincam e aprendem. Embora Jack não saiba, o sítio onde ele se sente completamente seguro e protegido, aquele quarto é também a prisão onde a mãe tem sido mantida contra a sua vontade. Contada na divertida e comovente voz de Jack, esta é uma história de um amor imenso que sobrevive a circunstâncias aterradoras, e da ligação umbilical que une mãe e filho.
Adorei, adorei, adorei! Este livro acabei de o ler em Janeiro e conta-nos a história (um pouco cliché) da rapariga raptada e aprisionada durante anos, que tem um filho enquanto está em cativeiro. A história é narrada por Jack, um menino de 5 anos, muito meigo e inocente, que não conhece nada além do quarto onde vive e sempre viveu. Gostei imenso de seguir a linha de pensamento de um rapazinho de 5 anos, com problemas de dicção e articulação de frases, com toda a sua inocência e doçura, apesar da situação horrenda em que se encontra. Admito também, que talvez seja uma desvantagem para alguns leitores, o facto de ser narrado por um menino de 5 anos, em que algumas pessoas poderão não se identificar com ele ou ser difícil acompanhar a sua linguagem. No entanto, a história desenrola-se centrada na vida de Jack e a sua mãe, confinados a um quarto minúsculo, onde a mãe faz de tudo para lhe proporcionar uma vida aparentemente "normal", até que decide, um dia mudar tudo isso. Essa parte da história desenrola-se de forma muito rápida, convergindo na solução expectável e depois narrando, de forma mais calma, todos os acontecimentos e consequências que advêm desse desenrolar. É uma bonita história de amor materno, coragem, força de vontade e misturando tudo com um pouco de thriller e suspense, deixando-nos presos à história de vida deste menino amoroso de 5 anos. Faz-nos pensar na natureza humana e o que leva certas pessoas a agirem dessa forma, retirando, intencionalmente a liberdade a outras, unicamente para seu bel-prazer, desprezando os direitos dessas pessoas e faz-nos também reflectir sobre pequenas coisas que temos como garantidas, como, por exemplo, a luz do sol. Fala de amor materno incondicional e a beleza e inocência de sermos crianças.
Novamente, muito rápida e sucintamente sobre a adaptação cinematográfica. Gostei bastante. No entanto, aquilo que gostei no livro não foi transposto para o filme, a narração foi feita pelo Jack, mas sem todos os problemas ou particularidades de dicção de um menino de 5 anos (porque, claramente, isso não iria funcionar no cinema!). A acção desenrola-se rapidamente e, obviamente, foi condensada para o tempo do filme e certos pormenores escapam ou não são perceptíveis para quem não leu o livro. Se já viram o filme, não recomendo a leitura do livro, porque o elemento surpresa já se perdeu!
E é tudo. São dois livros que gostei bastante de ler e me deixaram curiosa com os próximos volumes das respectivas autoras. Se estiverem interessados, aqui fica a minha opinião em vídeo:
Não se esqueçam!!!
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Olá!!!
Hoje é o primeiro post de opinião aqui no blog!
E como se encontra a decorrer o giveaway do mais recente livro do autor Nuno Nepomuceno, até ao final do mês de Março, vejam aqui, nada mais adequado do que começar com a minha opinião do mesmo! Sim, porque se ainda tiverem dúvidas de que este é um livro fantástico e que devem concorrer e tentar a vossa sorte neste passatempo, espero que fiquem sem elas depois de lerem a minha opinião e verem o vídeo da mesma!
Sinopse
Em plena noite eleitoral, o novo primeiro-ministro português é encontrado morto. Ao mesmo tempo, em Istambul, na Turquia, uma jornalista vive uma experiência transcendente. E em Lisboa, o pânico instala-se quando um autocarro é feito refém no centro da cidade. O autoproclamado Estado Islâmico reivindica o ataque e mostra toda a sua força com uma mensagem arrepiante.
O país desperta para o terror e o medo cresce na sociedade. Um grande evento de dimensão mundial aproxima-se e há claros indícios de que uma célula terrorista se encontra entre nós. Todas as pistas são importantes para o SIS, sobretudo quando Afonso Catalão, um reputado especialista em Ciência Política e Estudos Orientais, é implicado.
De antecedentes obscuros, o professor vê-se subitamente envolvido numa estranha sucessão de acontecimentos. E eis que uma modesta família muçulmana refugiada em Portugal surge em cena.
A luta contra o tempo começa e a Afonso só é dada uma hipótese para se ilibar: confrontar o passado e reviver o amor por uma mulher que já antes o conduziu ao limiar da própria destruição.
A minha opinião
A minha opinião no Goodreads e a minha opinião no booktube!
A escrita do autor é uma escrita muito fluída, rápida, muito fácil de seguir. Esta história começa com um acontecimento bombástico, no sentido literar, um suposto suícidio e evolui a partir daí, sendo esses dois acontecimentos o tema central da narrativa. As personagens desenrolam-se ao mesmo ritmo da acção, alucinante, sem nunca perdermos o fio à meada. Seguimos com grande curiosidade o nosso professor Catalão e as suas aventuras, em Lisboa e na Turquia, num misto de acção, policial e até com direito a um cheirinho de romance.
Este livro tem tudo, fala de tudo, aborda tudo, desde xenofobia, terrorismo, jogos de poder, corrupção, violação, religião, fanatismo, choque cultural, cancro, se é que me lembro de todos.
Eu literalmente devorei o livro, comecei num sábado de manhã e de tarde já tinha lido mais de metade das suas quase 600 páginas! Li com interesse, curiosidade, atentamente a seguir as descrições de uma sociedade e religião tão diferente da minha, segui com interesse as aventuras, desventuras e problemas de cada uma das personagens e todos os seus enredos. Estas estão maravilhosamente descritas e interligadas em caminhos que se cruzam num ou outro ponto da história, sem confusão, com calma e lógica. As viagens do professor à Turquia deixaram-me com vontade de ir passear nas ruas descritas lá. Recomendo entusiasticamente a leitura d'A Célula Adormecida, não só pela actualidade do tema, mas pelo fascínio por uma religião e cultura diferentes e o thriller policial que se desenrola!
Uma das melhores escritas de um autor português, no seu género.
NOTA: O autor gentilmente cedeu-me um exemplar para ler e dar a minha opinião sincera da história e foi o que fiz. As opiniões são minhas e da minha inteira responsabilidade, sem ter qualquer vínculo ou obrigação para com o autor.