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Opinião | A viúva negra, de Daniel Silva #lerosnossos

por -Cristina Gaspar-, em 24.05.17

Olá!

 

Hoje vou-vos falar da minha experiência a ler Daniel Silva.

 

Apesar de já ter dois livros do autor na estante, O Assassino Inglês e o Morte em Viena, ainda não me tinha puxado para começar a ler. Há uns anos comecei a ler O Assassino Inglês, mas pareceu-me lento a desenrolar a acção, um pouco chato até e deixei-o e esqueci-o na estante... Entretanto, vi que a HarperCollins ibérica iria lançar o novo título A Viúva Negra, a 8 de Março e fiquei imediatemente curiosa com a história. Como tinha recentemente lido o Célula Adormecida, de Nuno Nepomuceno (aqui fica a minha opinião, se quiserem dar uma olhadela), fiquei curiosa com este livro, visto que a premissa do livro era bastante parecida! A capa também agarrou a minha atenção imediatamente e resolvi, então, dar outra oportunidade ao autor.

 

Daniel Silva começou a escrever e publicar livros em 1997 e foi com o Assassino Inglês que ficou famoso. A personagem do Gabriel Allon foi introduzida nesse livro e as suas aventuras começaram e não mais pararam. Até à data, as aventuras do nosso espião e restaurador de arte acompanham-nos por 16 volumes! E o volume 17 já tem data prevista de saída a 11 de Julho, também editado pela Harper! 

 

Sinopse:

O lendário espião e restaurador de arte Gabriel Allon está prestes a tornar-se chefe dos serviços secretos israelitas.
Porém, em vésperas da promoção, os acontecimentos parecem confabular para o atrair para uma última operação no terreno.
O ISIS fez explodir uma enorme bomba no distrito do Marais, em Paris, e um governo francês desesperado quer que Gabriel elimine o homem responsável antes que este ataque novamente.

Chamam-lhe Saladino...
É um cérebro terrorista cuja ambição é tão grandiosa quanto o seu nome de guerra, um homem tão esquivo que nem a sua nacionalidade é conhecida. Escudada por um sofisticado software de encriptação, a sua rede comunica em total segredo, mantendo o Ocidente às escuras quanto aos seus planos e não deixando outra opção a Gabriel senão infiltrar uma agente no mais perigoso grupo terrorista que o mundo algum dia conheceu. Trata-se de uma extraordinária jovem médica, tão corajosa quanto bonita.

Às ordens de Gabriel, far-se-á passar por uma recruta do ISIS à espera do momento de agir, uma bomba-relógio, uma viúva negra sedenta de sangue.
Uma arriscada missão levá-la-á dos agitados subúrbios de Paris à ilha de Santorini e ao brutal mundo do novo califado do Estado Islâmico e, eventualmente, até Washington, onde o implacável Saladino planeia uma noite apocalíptica de terror que alterará o curso da história.
A Viúva Negra é um thriller fascinante de uma chocante presciência. Mas é também uma viagem ponderada até ao novo coração das trevas que perseguirá os leitores muito depois de terem virado a última página.
Uma teia de enganos.

 

 

Opinião: A Viúva Negra é o 16º livro da saga do nosso herói, o Gabriel Allon, introduzido como o lendário espião e restaurador de arte.

 

A história inicia-se com um ataque terrorista, efectuado pelo ISIS e Gabriel Allon é retirado do seu "anonimato e reclusão" e chamado para apanhar os terroristas antes que haja outro ataque. Num clima de thriller, onde é necessário correr contra o tempo e pensar, qual campeão de xadrez, em duas ou três jogadas à frente, a história vai-se desenrolando num ritmo vertiginante e a nossa viúva negra aparece então na história. Ela é uma jovem médica, residente em Paris e que é recrutada para se infiltrar numa das mais perigosas organizações terroristas do mundo. Para tal, é descrito todo o seu processo de treino, físico e psicológico, com uma lavagem cerebral, para que, com sucesso, esta se infiltre na célula terrorista e leve a sua missão com sucesso até ao fim. Ao longo desse treino, ela vai viajar e contactar com diversas pessoas e vai deparar-se com determinadas situações, em que ela vai descobrir certas características da sua personalidade que desconhecia até à altura. Ao infiltrar-se na rede de terroristas, viaja até ao Estado Islâmico e depara-se com o cérebro terrorista e o thriller adensa-se.

 

A história tem um desfecho que deixa a vontade de ler mais! O nosso Gabriel assume uma posição esperada e a nossa viúva negra vê-se perante uma situação em que a sua decisão vai mudar a sua vida radicalmente! E veremos isso nos próximos volumes!

 

**

 

A história evolue de forma fluída, num compasso constante, sem períodos lentos ou demasiado rápidos. E é aqui que se nota a experiência do autor, porque apesar de este já ser o 16º volume do nosso espião, não senti que precisasse de ler os volumes anteriores. Ao longo do livro foram referenciados alguns acontecimentos anteriores, que foram explicados de forma sucinta e que nos enquadraram imediatamente na história. Sinto que conheço o Gabriel, mesmo sem saber a história dele. É um herói que não é perfeito, tem os seus fantasmas, mas é sério e honesto e luta pela justiça e um mundo melhor. E apesar de haver um número considerável de personagens envolvidas nos seus livros, algumas das quais são referenciadas, leva-me a dar os parabéns ao autor, por não se perder ao longo destes 16 volumes.

 

Inevitavelmente, senti necessidade de o comparar ao livro A célula adormecida e, por isso teve a classificação de 4 estrelas e não mais. A célula adormecida é um thriller muito rápido, com uma história igualmente actual, mas com "heróis" pouco convencionais e situações que nos levam a reflectir, mais do que simplesmente a observar. A viúva negra não deixa de ser um thriller interessante, muito bem construído, obra de ficção e também baseado em situações reais, mas não tão arrebatador. É um livro que se lê a um ritmo contante, quase que podemos planear o dia em que o vamos acabar de ler. Não obstante, é uma leitura que recomendo para quem gosta da temática.

 

***

 

É necessário nunca esquecer de que se trata de uma obra de ficção, baseada em elementos que que por vezes se mascaram com acontecimentos reais, mas que são apenas fruto da imaginação do autor. É um thriller cadenciado e que prende, de forma muito subtil, deixando-nos com uma curiosidade pouco voraz em querer acompanhar a história. No entanto, irei ler o próximo volume!

 

Ficamos também à espera de saber se terá adaptação cinematográfica ou televisa?!! Eu gostaria de seguir as aventuras do Gabriel em televisão!!

 

Classificação no Goodreads:

 

 **NOTA** Este exemplar de "A Viúva Negra" foi-me enviado pela editora, em troca de uma opinião honesta..

 

 

aqui fica também a minha opinião em vídeo!

 

 

 

 

 

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Olá!

 

Hoje trago-vos mais uma opinião, de um e-book que li recentemente: Na Sombra das palavras. Este livro foi editado pela Editorial Divergência, em Julho de 2014. "Tropecei" nesta editora há pouco tempo e trata-se de uma editora que vai de encontro a todas as minhas expectativas sobre o trabalho de uma Editora em Portugal: não usar o acordo autográfico, dar primazia a novos e emergentes autores/as portugueses/as e com edições amigas do ambiente! Tem sido a minha estreia em leituras de e-books e, apesar de ser uma consumidora voraz de edições físicas, para aumentar o meu acervo fabulástico de livros, confesso que além de práticos e convenientes, são menos árvores que são destruídas no planeta!

 

A Editora aposta em ficção especulativa, aliando sobrenatural, fantástico e/ou ficção científica nas suas edições. Escolhi, então, ler uma compilação de contos de autores portugueses, num mix de thriller e fantástico, como refere a sinopse.

 

 

ebook_na sombra das palavras.jpg

 

 

Sinopse: Na Sombra das Palavras” reúne cinco contos de autores portugueses, combinando thriller e fantástico em histórias de amor, memórias esquecidas e encontros com a Morte e Deus. As palavras transportam o leitor para labirintos, panópticos, livrarias e memórias longínquas. Com contos da autoria de Ângelo Teodoro, David Camarinha, Fábio Ventura, João Ventura e Mário Seabra.

 

Autores: Ângelo Teodoro, David Camarinha, Fábio Ventura, João Ventura e Mário Seabra

Versão: E-Book (.pdf, .epub, .mobi)

36 páginas

 

 

Opinião: É necessário referir que esta compilação de contos advém de um concurso, que teve lugar em 2014 e organizado por uma blogger (Bran Morrighan) em colaboração com a Editorial Divergência, a associação da Cultura FNAC e os apoios da Editorial Presença e da Saída de Emergência. Foi possível devido ao entusiasmo comum em combinar dois géneros diferentes, o thriller e o fantástico.

 

Sendo então um livro de contos lê-se bastante rápido. Os contos são curtos e muito fluídos. Não conhecia nenhum dos autores e foi uma óptima forma de conhecer a escrita de cada um/a. Passemos agora à minha opinião de cada um dos contos.

 

  • "O Livreiro", de Fábio Ventura:  4

A leitura deste conto foi super rápida, a escrita foi inebriante, envolvente e mágica! Cativou-me instantaneamente o facto de a personagem principal ser um livreiro e depois todo o clima fantasmagórico deu um toque especial à história. O desfecho do conto foi simplesmente fantástico. Só faltou ter sido um pouco mais longo, para ter prolongado esta sensação de entusiasmo crescente ao longo do desenrolar da história!

 

  • "A lista de Deus", de João Ventura: 3

 O autor tentou introduzir elementos históricos, com um toque de religião nesta história e torná-lo um pouco thriller histórico, com um desfecho apocalíptico. A leitura foi um pouco menos fluída do que o anterior, mas interessante e agradável.

 

  • "O panóptico", de David Camarinha: 2

 Foi um conto com uma escrita mais complexa, com um conceito muito interessante, mais ou menos descritivo, introduzindo conceitos metafísicos, que a meu ver, se foram perdendo na história. Um conto fantástico, mas que a leitura foi menos prazeirosa.

 

  • "O labirinto de papel", de Ângelo Teodoro: 3

 Gostei bastante desta história, envolta num clima de mistério e figuras demoníacas. A nossa personagem desfila, num clima de confusão e medo, culminando num único final possível, mas bem conseguido.

 

  • "Tabula rasa", de Mário Seabra: 3

 Este conto foi o que me deixou com mais vontade de querer saber mais! Gostaria que fosse mais longo, com capítulos, para acompanhar o desenrolar da história e saber mais sobre aquele universo fantástico onde se fala sobre pessoas com memórias apagadas e onde existem os retomantes que, intencionalmente ou não, as conseguem recriar, depois de apagadas. A materialização de memórias é considerado um crime, delito de primeiro grau e, como tal, queria saber o porquê e foi o que me deixou com mais expectativas e em pulgas para saber mais, assim que o acabei!

 

***

 

Resumidamente, adorei esta leitura e ter tido contacto com novos autores! Gostei também das ilustrações que se apresentam no início de cada conto, em traços a carvão e preparando-nos ou ambientando-nos à atmosfera do texto que se seguia! O único apontamento menos positivo que faço, prende-se com a edição do e-book, em que a leitura em duas colunas não se torna a melhor, na minha opinião, tendo preferido que tivesse sido em texto corrido.

 

Classificação no Goodreads:

 

 

 ***

 

 E, por último, não se esqueçam, se tiverem um conto escondido na gaveta, enviem-no para a 1ª Edição do Concurso Nacional de Contos de Ficção Especulativa - mais info aqui - em que o prazo termina a 28 de Fevereiro de 2018, portanto não há desculpas!!!

 

 

 

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Opinião | A Raparida de Antes, de JP Delaney

por -Cristina Gaspar-, em 03.05.17

Olá!

 

Hoje trago-vos outra opinião, de um livro que tem tido muita publicidade e muita expectativa, desde que a sua edição em Portugal foi anunciada, pela editora SUMA de Letras. Este livro foi-me emprestado pela Cláudia, do canal A mulher que ama livros e que também tem a sua opinião do mesmo aqui. Se fizerem uma pesquisa rápida no Google, encontram mais opiniões variadas.

 

JP Delaney é um pseudónimo do autor e, escrevendo sobre diversos nomes, tem ganho diferentes prémios em ficção. É o director creativo de uma das maiores agências de publicidade do UK. O livro "A Rapariga de Antes" é a sua primeira novela sob esse pseudónimo.

 

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Sinopse: «Por favor, faça uma lista de todos os bens que considera essenciais na sua vida.»

O pedido parece estranho, até intrusivo. É a primeira pergunta de um questionário de candidatura a uma casa perfeita, a casa dos sonhos de qualquer um, acessível a muito poucos. Para as duas mulheres que respondem ao questionário, as consequências são devastadoras.

EMMA: A tentar recuperar do final traumático de um relacionamento, Emma procura um novo lugar para viver. Mas nenhum dos apartamentos que vê é acessível ou suficientemente seguro. Até que conhece a casa que fica no n.º 1 de Folgate Street. É uma obra-prima da arquitectura: desenho minimalista, pedra clara, muita luz e tectos altos. Mas existem regras. O arquitecto que projectou a casa mantém o controlo total sobre os inquilinos: não são permitidos livros, almofadas, fotografias ou objectos pessoais de qualquer tipo. O espaço está destinado a transformar o seu ocupante, e é precisamente o que faz…

JANE:Depois de uma tragédia pessoal, Jane precisa de um novo começo. Quando encontra o n.º 1 de Folgate Street, é instantaneamente atraída para o espaço —e para o seu sedutor, mas distante e enigmático, criador. É uma casa espectacular. Elegante, minimalista. Tudo nela é bom gosto e serenidade. Exactamente o lugar que Jane procurava para começar do zero e ser feliz.
Depois de se mudar, Jane sabe da morte inesperada do inquilino anterior, uma mulher semelhante a Jane em idade e aparência. Enquanto tenta descobrir o que realmente aconteceu, Jane repete involuntariamente os mesmos padrões, faz as mesmas escolhas e experimenta o mesmo terror que A Rapariga de Antes.

 

Opinião: Emma e Jane, as duas personagens centrais da história, têm as suas vidas ligadas pela casa (e por Edward, o dono do nº 1 da Folgate Street). Emma é a rapariga de antes.

 

O início da leitura levou-me imediatamente ao livro "The girl on the train", de Paula Hawkins, pela similaridade na estrutura do texto. Cada capítulo é a voz de uma personagem e estas vão-se intercalando, andando para trás e para a frente no tempo, aumentando o interesse na mesma e dando aquela sensação de suspense sobre o que irá acontecer. As personagens vão então relatando aspectos pessoais do seu passado e dos acontecimentos e vamos, desta forma, conhecendo as suas personalidades. Ambas começam por encontrar uma casa para arrendar, ao mesmo tempo fantástica, surreal e impossível de se conseguir, devido às excentricidades do dono, que exige um preenchimento de um questionário fora do normal e que será factor de selecção. Essa casa é no mínimo curiosa, minimalista e também, do meu ponto de vista, fria e sem alma. É assim introduzido o conceito do minimalismo no enredo, em que a casa é o exemplo disso, cheia de regras de utilização. Este conceito foi um dos motivos pelo que tive curiosidade em ler este livro, no entanto acho que foi pouco explorado. São introduzidas referências e termos japoneses sobre o tema, fazendo o paralelismo com o estilo de vida japonês, de uma forma muito simples e isso gostei bastante.

 

A história vai evoluindo e a acção leva-nos a perceber como as personagens estão envolvidas e o seu carácter, naquilo que é supostamente um clima de terror e suspense. -- Aqui penso que falhou redondamente! -- Não senti nem o terror nem o suspense. Na realidade, não senti nada mais do que mera curiosidade pelo destino de cada personagem e isso mais pela forma como os capítulos estavam dispostos. Para mim, há uma falta de empatia por todas as personagens, especialmente a Emma. Esta vai-se revelando de uma forma horrível, supostamente para chocar, mas que achei banal e ordinária, em vários aspectos. Jane tenta parecer um pouco mais "esperta", mas que também não me criou empatia ou provocou qualquer outra emoção, que não fosse nada mais do que desinteresse, por ela. As outras personagens vão desfilando, mais um vez, de forma pouco interessante, não acrescentando muito. Edward seria a única personagem com algum "charme", para mim. Tendo perfil de sociopata e perfeito vilão, mostra-se frio, distante, metódico e calculista, quase perfeito, tentando simultaneamente parecer refinado e superior aos outros, devido ao seu modo de vida minimalista radical. No entanto, achei o seu carácter pouco explorado, passando-nos  a imagem de que é uma pessoa com os mesmos hábitos, durante toda a sua vida, com um passado "obscuro" que também soube a pouco. Às páginas tantas, há uma tentativa para que o leitor sinta pena dele, apenas para de seguida sentir desprezo e isto continua, num efeito ping-pong, em que gostamos da personagem, não gostamos, gostamos, não gostamos, ... até que cansa.

 

Em jeito de resumo e apesar de tudo, a ideia do thriller é interessante, apenas achei que tem uma mistura de elementos, alguns forçados, que tentam encaixar-se para fazer uma história com sucesso. O vilão minimalista e excêntrico, a rapariga de antes, misteriosa e emocionalmente fragilizada e a rapariga de agora, que é um pouco mais forte, mas com um passado recente que também a perturba mentalmente, ambas submissas em termos de emoções. A casa interliga estas personagens, tentando assumir-se como um elemento activo, mas que não me pareceu mais do que um sítio onde a acção é narrada. Poderia ter sido noutro sítio qualquer.

 

***

 

Esta é a minha opinião. Houve algumas coisas que gostei e muitas que não gostei. Não deixa de ser uma história com algum interesse apesar de tudo. Leiam e tirem as vossas conclusões!!

 

Classificação no Goodreads:

 

E aqui fica a minha opinião em vídeo!

 

 

 

 

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Opinião | "A Hora de Maria", de Nuno Lopes Tavares

por -Cristina Gaspar-, em 26.04.17

Olá!

 

Hoje trago-vos mais uma opinião, de um livro que acabei de ler recentemente e que é de um autor português que eu não conhecia. O seu nome é Nuno Lopes Tavares (vejam aqui a bio) e este livro, A Hora de Maria, já é o seu 2º título escrito, tendo sido editado a 3 de Fevereiro de 2017, pela Editora Saída de Emergência.

 

 

 

Começo por dizer que adoro a Editora Saída de Emergência (SE). Adoro as edições, a nível estético (sou completamente arrebatada por capas bonitas!) e a nível de diversidade de títulos no seu catálogo, é fantástica. sendo perfeito para uma leitora eclética como eu :)

 

 

 

O título mais recente que comprei da SE foi o Terrarium, de João Barreiros e Luís Filipe Silva. Este livro é uma re-edição de um dos primeiros clássicos de ficção-científica em Portugal. Uma obra de referência para amantes do género!

 

Fui à apresentação do livro na Fnac do Chiado, em Fevereiro deste ano, com apresentação do Rui Zink e conversa com os autores. Gostei tanto que não saí de lá sem uma cópia, autografada pelos dois!! :) Sendo fã de ficção-científica, tinha mesmo de ler esta obra e tê-la como presença obrigatória na minha estante. #lerosnossos

 

Ficam aqui umas fotos dessa apresentação.

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Infelizmente não consigo traduzir em palavras o maravilhoso que foi, além de falar sobre o livro e todos os problemas, dentro do panorama nacional, referentes à 1ª edição do livro, os autores ainda demonstraram que tinham sentido de humor e foi uma conversa bastante agradável, com imenso riso pelo meio! Só tenho que, mais uma vez, dar os meus parabéns à editora por ter pegado neste livro e re-editado nesta edição fantástica!

 

 

Gostei tanto que, ao chegar a casa, fui "folhear" (interneticamente, entenda-se - se é que esta  palavra existe!) o catálogo da SE e imediatamente o livro "A hora de Maria" chamou-me à atenção. Talvez porque estejamos num ano de visita do Papa ao Santuário de Fátima, ou talvez porque (mais uma vez!) gostei da capa do livro ou talvez porque goste de saber os "podres" da Igreja Católica, entrou directamente na minha wishlist! Adoro thrillers, é um dos meus géneros de leitura favoritos e este livro só prometia ser, no mínimo, uma leitura fantástica!

 

Sinopse: Esqueça tudo o que sabe sobre Fátima. A verdade está prestes a ser revelada.

Aproxima-se o primeiro centenário das aparições de Fátima. A celebração representará um marco histórico na vida do Santuário, exacerbada com a visita do Papa. O país prepara-se para esse momento sem, no entanto, prever as convulsões que o acompanharão. Um homem é confrontado com uma informação, secreta e muito sensível, sobre a irmã Lúcia, que pode colocar em causa o papel desempenhado pela pastorinha, e até mesmo ameaçar a sobrevivência de Fátima.
Dividido entre a falta de fé e a sua ligação ao local, João Francisco vai lutar pela verdade, defrontando-se com as suas dúvidas e os poderes misteriosos que o rodeiam. Que riscos corre? Que tentações o fragilizam? Que segredos esconde o Santuário?
A Hora de Maria é um thriller empolgante que revisita as aparições com um novo olhar, reflete sobre o papel da religião e revela-nos como Fátima se mistura com a História de Portugal dos últimos cem anos.

 

 

 

 

Opinião: Comecei a ler e imediatamente gostei da escrita do autor. É bastante descritiva, não muito fluída, mas prazeirosa de ler. A estrutura do texto também me agradou, já que começa com a acção no passado, em 1917 e vai dando saltos para o tempo presente e intercalando, novamente, períodos do passado. Estas analepses, recorrentes em todo o livro, necessitam de alguma atenção por parte do leitor, mas tornam a história mais interessante e intrigante.

 

A nossa personagem principal, o João Francisco, está, no início da narrativa, a escrever um livro para desvendar alguns dos segredos de Fátima, com apoio de alguns documentos a que teve acesso. Estes segredos fazem parte de uma teoria de conspiração, envolvendo a Irmã Lúcia e os pastorinhos. Gira em torno do controlo que é exercido por parte dos padres e superiores, a nível nacional e pelo Vaticano, políticos ou apenas corruptos, envolvidos num esquema que explora economicamente o Santuário e o fenómeno da aparição de Nossa Senhora de Fátima.

 

João é inicialmente descrito como um rapaz não crente e que se vê envolvido numa trama de conspiração, devido ao seu livro. As personagens envolvidas vão sendo inseridas gradualmente na narrativa, permitindo-nos acompanhar e "ligar os pontos" desta trama. Excertos de entrevistas feitas a Lúcia, pelos padres e enviadas ao Papa ou excertos de conversas entre o próprio Salazar e Cerejeira, sobre o "milagre" de Fátima, são inseridos no meio, de uma forma mais ou menos cronológica e de acordo com aquilo que, presumivelmente aconteceu, desde o aparecimento de Nossa Senhora de Fátima, aos três pastorinhos e à edificação do próprio santuário. Nos dias de hoje, os acontecimentos giram à volta de uma trama bem elaborada, cheia de mentiras, enganos, jogos de poder e intrigas.

 

A teoria da conspiração é reforçada por uma visita do Papa ao Santuário, nos dias de hoje. Faz uso do "milagre" de Maria, de forma habilidosa, aumentando o suspense inerente aos acontecimentos. A acção desenrola-se um pouco mais rápido, com elementos de filmes de espiões, havendo pequenas reviravoltas a cada página. E ainda tem espaço para uma história de amor, bela, pura e inocente.

 

***

 

É necessário referir e ter em atenção, sem nunca esquecer de que se trata de uma obra de ficção, com elementos históricos, de forma bem descrita e narrada pelo autor, que nos prende ao enredo. No entanto, a leitura não é rápida e, na minha opinião, não o classifico como um thriller, mas não deixa de ser uma leitura agradável. Gostaria que tivesse mais referências a segredos "obscuros" da Igreja Católica e, como tal, soube-me a pouco!! Quiçá, numa continuação?!!

 

Classificação no Goodreads: .5

 

 **NOTA** Este exemplar de "A Hora de Maria" foi-me enviado pela editora, em troca de uma opinião honesta..

 

 

E aqui fica a minha opinião em vídeo!

 

 

 

 

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Olá!!

 

Hoje o post do blog é sobre a minha opinião de 2 livros bem conhecidos e que já li há uns pares de meses.

 

  • Vou começar pelo livro The girl on the train, de Paula Hawkins.

 

Sinopse

 

No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.

Até que um dia...

Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.

De leitura compulsiva, este é o thriller do momento, absorvente, perturbador e arrepiante.

 

Opinião (4*):

 

Comecei a ler este livro por causa de todo o entusiasmo à volta dele nas redes sociais e porque encontrei uma edição de capa dura barata, no awesomebooks! Sim!, adoro capas duras e sim!, sou "forreta" relativamente a livros! ;)

 

Mas.... voltando à opinião. :) Acabei de ler este livro em Setembro de 2016 e já este ano vi a adaptação cinematográfica! Apesar de já não me lembrar de todos os pormenores da história, ficou comigo aquela sensação fantástica de, a cada virar de página, haver um twist diferente a acontecer e o desenrolar numa acção completamente diferente daquilo que eu estava a imaginar. A história é contada em capítulos, divididos pelas vozes de 3 mulheres distintas, interligadas por vidas diferentes. A Rachel, a nossa mulher "principal" começa a narrar a história, descrevendo o caminho dela de todos os dias, do trabalho para casa e de casa para o trabalho, dando-nos a sua visão do que ela acha ser uma vida perfeita. Todos os dias ela observa uma casa em especial, na sua viagem de comboio e idealiza e compara a sua vida com a dessa mulher. Há uma 3ª mulher na história, que por sua vez, faz parte da vida destas outras. Obviamente, sendo esta história um thriller, acaba por haver um acontecimento que vai perturbar toda essa "vida perfeita" e a história vai progredindo com as vozes das 3 mulheres interligadas e os acontecimentos vão-se desenrolando rapidamente, sempre num clima de mistério. Tenho a dizer que a acção é muito rápida, sendo a leitura é bastante fluída e por diversas vezes pensei que sabia o que ia acontecer, de seguida surpreendedo-me a cada página com o contrário! Adoro a escrita da autora e recomendo a quem gosta do género e também de leituras rápidas e fluídas!

 

Muito rápida e sucintamente sobre a adaptação cinematográfica. Gostei bastante. Falham alguns pormenores que, naturalmente, nós leitores reparamos, não deixando de ser um óptimo filme. Igualmente de acção rápida, num clima de mistério e thriller, as vidas das 3 mulheres aparecem interligadas num turbilhão de acontecimentos, crescendo de intensidade até ao final, ao desenrolar da história. O facto de se passar numa cidade diferente da da acção do livro não é importante, só acho que poderiam ter explorado mais as características pessoais da Rachel. Óptimo filme para um Domingo à tarde!

 

  • Seguindo para o próximo livro Room, de Emma Donoghue.

 

Sinopse

 

Para Jack, de cinco anos, o quarto é o mundo todo. É onde ele e a Mamã comem, dormem, brincam e aprendem. Embora Jack não saiba, o sítio onde ele se sente completamente seguro e protegido, aquele quarto é também a prisão onde a mãe tem sido mantida contra a sua vontade. Contada na divertida e comovente voz de Jack, esta é uma história de um amor imenso que sobrevive a circunstâncias aterradoras, e da ligação umbilical que une mãe e filho.

 

Opinião (4*):

 

Adorei, adorei, adorei! Este livro acabei de o ler em Janeiro e conta-nos a história (um pouco cliché) da rapariga raptada e aprisionada durante anos, que tem um filho enquanto está em cativeiro. A história é narrada por Jack, um menino de 5 anos, muito meigo e inocente, que não conhece nada além do quarto onde vive e sempre viveu. Gostei imenso de seguir a linha de pensamento de um rapazinho de 5 anos, com problemas de dicção e articulação de frases, com toda a sua inocência e doçura, apesar da situação horrenda em que se encontra. Admito também, que talvez seja uma desvantagem para alguns leitores, o facto de ser narrado por um menino de 5 anos, em que algumas pessoas poderão não se identificar com ele ou ser difícil acompanhar a sua linguagem. No entanto, a história desenrola-se centrada na vida de Jack e a sua mãe, confinados a um quarto minúsculo, onde a mãe faz de tudo para lhe proporcionar uma vida aparentemente "normal", até que decide, um dia mudar tudo isso. Essa parte da história desenrola-se de forma muito rápida, convergindo na solução expectável e depois narrando, de forma mais calma, todos os acontecimentos e consequências que advêm desse desenrolar. É uma bonita história de amor materno, coragem, força de vontade e misturando tudo com um pouco de thriller e suspense, deixando-nos presos à história de vida deste menino amoroso de 5 anos. Faz-nos pensar na natureza humana e o que leva certas pessoas a agirem dessa forma, retirando, intencionalmente a liberdade a outras, unicamente para seu bel-prazer, desprezando os direitos dessas pessoas e faz-nos também reflectir sobre pequenas coisas que temos como garantidas, como, por exemplo, a luz do sol. Fala de amor materno incondicional e a beleza e inocência de sermos crianças.

 

Novamente, muito rápida e sucintamente sobre a adaptação cinematográfica. Gostei bastante. No entanto, aquilo que gostei no livro não foi transposto para o filme, a narração foi feita pelo Jack, mas sem todos os problemas ou particularidades de dicção de um menino de 5 anos (porque, claramente, isso não iria funcionar no cinema!). A acção desenrola-se rapidamente e, obviamente, foi condensada para o tempo do filme e certos pormenores escapam ou não são perceptíveis para quem não leu o livro. Se já viram o filme, não recomendo a leitura do livro, porque o elemento surpresa já se perdeu!

 

E é tudo. São dois livros que gostei bastante de ler e me deixaram curiosa com os próximos volumes das respectivas autoras. Se estiverem interessados, aqui fica a minha opinião em vídeo:

 

 

Não se esqueçam!!!

 

 

 

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 ***

 

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